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Melancolia

Meu quarto está transbordando de sentimentos e pensamentos frios, Meu olhar é apático, encaro o nada, como se estivesse olhando para um abismo convidativo. Nesses momentos os meus sentidos são desvanecidos por pensamentos sombrios. E a dor transgride o que ainda resta de esperança em mim. Anseio e estou sedento por sentir, Qualquer coisa que a vida possa me oferecer, seja o fel ou o mel. E nessa turbulência de pensamentos sinuosos e desesperançosos. Minhas mentiras não conseguem mais me convencer. Possuo em meu interior uma tempestade que tudo destrói. Penso que tudo é um jogo onde eu não passo de um mero alvo. Nessa escuridão em que me encontro, luz alguma pode entrar, Externamente as cores sangram ao colidirem contra as minhas paredes. E eu choro por elas, por seus sentimentos, por quem eu me tornei. Sinto que essa melancolia nunca deixara a minha alma, Ela sou eu, eu sou ela e juntos somos um só. E o sono eterno é a única maneira de me cicatrizar. O frio me

Às vezes

Às vezes, nesse mar de sofrimento sinto ela me abraçar, me confortando. Às vezes ela é injusta e surge até mesmo nos momentos que deveriam ser felizes, Como se fosse uma ex com ciúmes de novas pretendentes. Às vezes, quando estou sozinho, sinto saudades dela, Desse buraco negro que ela representa em meu peito. Às vezes, eu a amo, como uma pessoa passa a sentir afeição por seu sequestrador com o decorrer dos anos. Às vezes, quando me imagino sem ela, eu me sinto sozinho, Às vezes, quando estou com ela, eu a odeio. Às vezes me sinto inseguro, mas ela é a minha maior motivação para continuar, Motivação em fazer tudo diferente para não ter ela ao meu lado. Às vezes por julgá-la demais, me sinto arrogante. Às vezes, somente às vezes, o amor no fim é uma ilusão e a única coisa real é ela. Prefiro não saber, não existe conforto na verdade, a ignorância é uma benção. Obrigado por estar ao meu lado e por misericórdia vá embora, pensando bem: Não me deixes, nunca.

Noites

Já é tarde da noite e exausto deito em minha cama, Mas a insônia me faz revirar nos meus lençóis de uma forma doentia. Faço planos, pinto imagens em minha mente, me forço a pensar em lembranças, Que possam de alguma forma me oferecer alguma anistia. Mas de repente me dou conta que estou mais uma vez em pensamentos, Dos quais eu luto para fugir, pensamentos que me sangram a alma. Então faço um esforço para pensar em coisas que tenho que fazer no dia seguinte, Para assim não vagar sozinho em meus pensamentos. Mas isso não me acalma. Um frio familiar vem se intensificando pelo meu corpo, Sinal de que estou mais uma vez bebendo os pensamentos dos quais luto para fugir.  Um soluço, então compulsoriamente desabo em profundo silêncio, Para que assim não percebam minha fragilidade, e, nesse mar de dor, me sinto submergir. Faço o que é preciso para abafar os gemidos acompanhados por suspiros ofegantes. Mordo os dedos com tanta força que por alguns momentos poderia acredita

Dor

Machucam-me a violência dos meus sentimentos. Em noites frias me sussurram os seus argumentos, -Viva por nós e lhe ensinarei com o passar dos tempos; Então aprenda a apreciar esses ferimentos. Por que você continua a me repelir e odiar? Eu serei para sempre a única em que poderá confiar, Eu posso te libertar dessa sua dor, mas me seja fiel, E te libertarei da sua confiança que lhe é infiel. Sou a sua dor para que aprenda Eu o farei com que transcenda, Seja mais forte do que já é E não se perca nessa maré. Maré de confianças que se demonstram falsas. Então se agarre a essa minha causa, Aprenda a confiar em mim E caminharei contigo até o fim. Por isso agora eu exclamo, Com todas as letras, eu te amo.